Skoglund, Catarina. Nasceu em Viseu, no dia 20 de Fevereiro de
1963 e vive actualmente em Coimbra onde mantém atelier. É oriunda de uma
família ligada academicamente à antiga ESBAL (João Afra e Isabela Afra) e à pintora
Maria Helena Lima, tendo por isso, crescido e convivido desde sempre com as
artes, condição que lhe permitiu colher múltiplos
ensinamentos nesta matéria.
Talvez numa eventual atitude primeira de fugir a um destino familiar, conjugada com o
fascínio pela matemática e pela estatística, acabaria por efectuar um percurso académico
na área da Gestão (Gestão de Empresas, Gestão de Pescas na Noruega e posteriormente
Gestão de Museus), começando a desviar-se deste trajecto, com a realização do
mestrado em Cultura e Formação Autárquica na Faculdade de Letras da
Universidade Clássica de Lisboa, que lhe permitiu poder desenvolver uma carreira
na área da cultura (técnica na Torre do Tombo, cargos de responsabilidade nas
autarquias de Coimbra e da Figueira da Foz, culminando no Ministério da
Cultura, quer através do já extinto IPPAR, quer por último, na Direcção
Regional de Cultura do Centro).
Foi graças à confluência de diversos factores profissionais
e pessoais, que teve finalmente a hipótese de se dedicar exclusivamente à arte,
tendo frequentado a cadeira de pintura durante 3 anos orientada pelo Professor
João Dixo, António Melo e Isabel Azevedo de forma a consolidar a aprendizagem
adquirida.
Actualmente dedica-se unicamente à produção artística, e em
2011 formou o grupo de pintura – G2
com o pintor Nuno Fonseca, acreditando que em ambiente de atelier, o olhar a dois e o intercambio de conhecimentos permite sempre
atingir resultados exponenciais e mais congruentes no campo de investigação
pessoal de cada um.
Com várias exposições individuais, (Coimbra, Gouveia, Algarve
e Barcelos), passou igualmente pela Galeria G
em Viseu, reconhecendo que a mola inicial impulsionadora deste percurso, ainda que
muito recente, se ficou a dever, sem dúvida alguma, à boa crítica e ao
entusiasmo mostrado pelo coleccionador Telo de Morais, na primeira exposição individual
que realizou na Fundação Bissaya Barreto. Exp.
Estrangeiro: França, Palais du Louvre, 2012. Colecções Particulares: Portugal,
Noruega, França e Malásia. Representada:
Fundação Bissaya Barreto, Câmara Municipal de Gouveia, Centro de Paralisia
Cerebral de Coimbra, Hotel Dunas Mar, na Feibike
Valve Co., Wenzhou, China e no Ministry of Ealth , Colombo, Sri Lanka. Ilustração: Capa do livro Coisas da
Medicina do Prof. Doutor Alfredo Mota.
Sempre sensível à
Natureza e com base no olhar sobre ela, o trajecto da sua produção prende-se totalmente
com a paisagem. Desenvolveu uma primeira série intitulada de Paisagens, assente em diversos informalismos
abstractizantes, posteriormente uma segunda série que denominaria de Despaisagens onde reforça a ideia de impossibilidade da paisagem e
onde pretende, através de várias sub-séries, subverter as propriedades pictóricas
características da paisagem. Por último, surge a série Legos, onde desenvolve uma pesquisa que permite uma interacção da
obra com o público, através de trabalhos abstractos constituídos por peças
soltas que permitem a mutação da mancha
num resultado harmónico e sempre mutável. Como que se de um hobby se tratasse, tem em paralelo às
restantes séries uma outra denominada de Elementos
Recorrentes onde faz esporadicamente retratos e naturezas mortas e onde revisita
uma estética do passado que, fruto das conquistas de várias visualidades
abstractas, talvez surja casualmente na necessidade de reconhecer os elementos
que interagem na paisagem. Escreveram
Sobre a sua Obra: Telo de Morais e BjØrnulf Dyrud.